Por Que Não Existem Furacões no Brasil? Entenda as Razões!
Furacões são fenômenos naturais devastadores que ocorrem em várias partes do mundo, principalmente nas regiões tropicais do Hemisfério Norte. No entanto, o Brasil raramente, ou quase nunca, experimenta furacões com a mesma intensidade que os Estados Unidos, o Caribe e outras regiões tropicais.
Mas o que impede a formação de furacões no Brasil? Neste artigo, vamos explorar as condições geográficas e meteorológicas que fazem com que esse tipo de fenômeno seja praticamente inexistente em nosso país, além de analisar eventos atípicos que já ocorreram e as diferenças entre furacões e outros tipos de tempestades.
Índice Interativo
- 1. Entendendo o que são furacões
- 2. Fatores Meteorológicos que Impedem Furacões no Brasil
- 3. O Papel da Localização Geográfica
- 4. A Temperatura das Águas no Atlântico Sul
- 5. Eventos Atípicos: Furacão Catarina
- 6. Diferença entre Furacões, Ciclones e Tempestades Tropicais
- 7. A Possibilidade de Furacões no Brasil no Futuro
- 8. Conclusão
- Fontes de Referência
1. Entendendo o que são furacões
Furacões, também conhecidos como ciclones tropicais em outras partes do mundo, são fenômenos meteorológicos que se formam a partir de tempestades tropicais intensas.
Eles ocorrem em áreas com águas quentes, onde a temperatura do mar é de pelo menos 26 °C. Quando há calor e umidade suficientes na atmosfera, os ventos começam a circular ao redor de uma área de baixa pressão, formando o centro do furacão, conhecido como “olho”.
Essas tempestades podem gerar ventos de mais de 250 km/h, fortes chuvas e grandes ondas, causando destruição significativa em áreas costeiras e ao longo de seu percurso.
2. Fatores Meteorológicos que Impedem Furacões no Brasil
Existem algumas razões meteorológicas pelas quais furacões não se formam no Brasil:
- Condições de Pressão Atmosférica: Furacões geralmente se formam em áreas de baixa pressão, com uma configuração específica de ventos que favorece a circulação ciclônica. No Brasil, a configuração atmosférica e os ventos predominantes não favorecem a formação dessas áreas de baixa pressão no mesmo padrão dos países que frequentemente enfrentam furacões.
- Falta de Força de Coriolis Suficiente: O efeito de Coriolis é o fenômeno responsável pela rotação dos ventos que formam o ciclone. No Brasil, a proximidade da linha do Equador faz com que o efeito de Coriolis seja mais fraco, o que impede que os ventos circulem na intensidade necessária para formar um furacão.
Essas características criam uma “barreira natural” que impede a formação de furacões de grande intensidade no Brasil.

3. O Papel da Localização Geográfica
A localização do Brasil é fundamental para entender por que furacões não se formam no país. O Brasil está em uma região mais próxima do Equador, uma área onde a força de Coriolis é mais fraca.
Enquanto furacões se formam em latitudes tropicais entre 10° e 30° (mais afastadas do Equador), o Brasil se encontra em uma faixa onde o efeito de Coriolis não é forte o suficiente para criar o movimento giratório necessário para formar um ciclone tropical intenso.
4. A Temperatura das Águas no Atlântico Sul
A temperatura do oceano é outro fator decisivo para a formação de furacões. No Brasil, as águas do Atlântico Sul são, em média, mais frias do que as do Atlântico Norte, onde furacões se formam com mais frequência.
A temperatura das águas na costa brasileira geralmente fica abaixo dos 26 °C necessários para criar e sustentar uma tempestade tropical. Esse fator limita a formação de furacões no Brasil, uma vez que os sistemas meteorológicos não encontram as condições ideais para se desenvolverem.

5. Eventos Atípicos: Furacão Catarina
Embora furacões sejam praticamente inexistentes no Brasil, o país teve um evento atípico em 2004: o Furacão Catarina. Esse ciclone tropical atingiu o litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, causando estragos consideráveis. Catarina foi um fenômeno raro e é considerado o primeiro furacão registrado na história do Brasil.
O Furacão Catarina se formou em condições climáticas excepcionais, com uma combinação incomum de temperatura do oceano, baixa pressão e umidade. Esse evento levou cientistas a considerar a possibilidade de eventos similares no futuro, embora as chances continuem sendo muito baixas.
6. Diferença entre Furacões, Ciclones e Tempestades Tropicais
É comum que tempestades tropicais, ciclones extratropicais e outros fenômenos parecidos sejam confundidos com furacões. Aqui está um resumo das principais diferenças:
- Furacões: Ciclones tropicais que ocorrem com ventos acima de 119 km/h, geralmente em águas quentes do Atlântico Norte e Pacífico.
- Ciclones Extratropicais: Diferente dos furacões, esses ciclones não se formam com águas quentes e geralmente ocorrem em áreas mais afastadas dos trópicos. O Brasil é mais propenso a ciclones extratropicais, especialmente no sul do país.
- Tempestades Tropicais: Sistemas de baixa pressão que possuem ventos entre 63 e 118 km/h, com uma estrutura semelhante a de um furacão, mas menos intensa.
Essas diferenças ajudam a esclarecer por que o Brasil pode ser atingido por ciclones e tempestades tropicais, mas não por furacões intensos.
7. A Possibilidade de Furacões no Brasil no Futuro
Embora furacões não sejam comuns no Brasil, alguns meteorologistas acreditam que mudanças climáticas podem alterar as condições de formação de tempestades tropicais na região. Com o aquecimento global, há uma chance de que as temperaturas das águas oceânicas aumentem, criando um ambiente mais propício para ciclones tropicais.
Ainda assim, essa possibilidade é considerada remota. A localização geográfica do Brasil, a falta de efeito de Coriolis e a presença de correntes marítimas frias são fatores que continuam a limitar significativamente a formação de furacões no país.

8. Conclusão
O Brasil está em uma posição única que o protege, em grande parte, de furacões devastadores, devido a uma combinação de fatores meteorológicos e geográficos. Embora eventos raros, como o Furacão Catarina, mostrem que não estamos totalmente imunes, as condições ideais para a formação de furacões ainda são praticamente inexistentes no país.
Por enquanto, a possibilidade de furacões de grande intensidade continua improvável, permitindo que o Brasil permaneça protegido desses fenômenos extremos. Mesmo assim, com as mudanças climáticas globais, é importante que cientistas e meteorologistas continuem monitorando o Atlântico Sul e estudando os efeitos de longo prazo que possam alterar essas condições naturais.
Veja mais sobre os furacões que afetaram o mundo recentemente!
Fontes de Referência
- Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) – Por que não temos furacões no Brasil?
- National Geographic – The Science Behind Hurricanes and Why They Don’t Hit Brazil
- BBC Weather – Why Hurricanes Don’t Form in the South Atlantic

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