A Nova Linha de Maquiagem de Mari Saad Gera Polêmica: Consumidores Criticam Falta de Inclusão nas Cores

A Nova Linha de Maquiagem de Mari Saad Gera Polêmica: Consumidores Criticam Falta de Inclusão nas Cores

Nos últimos dias, a influenciadora e empresária Mari Saad se viu no centro de uma polêmica envolvendo o lançamento de sua nova linha de maquiagem.

A expectativa dos fãs e do público em geral era alta, mas o que deveria ser um lançamento comemorado acabou levantando um debate acalorado nas redes sociais.

O motivo? A falta de diversidade nos tons de base e corretivo, que, segundo os consumidores, exclui pessoas de pele negra e retinta.

As críticas e reações dos seguidores revelaram uma insatisfação crescente com marcas de beleza que não atendem à necessidade de inclusão e representatividade racial.

Em um país multicultural como o Brasil, essa cobrança é cada vez mais forte, especialmente no setor de cosméticos, onde a demanda por diversidade nas tonalidades se intensificou nos últimos anos.

Índice

O que motivou a polêmica?

A nova linha de maquiagem de Mari Saad foi lançada com grande campanha nas redes sociais e gerou um enorme interesse entre seus seguidores.

Mari, que é conhecida pelo trabalho como influenciadora de beleza, já possui um público fiel que admira suas dicas, tutoriais e lançamentos no ramo.

No entanto, assim que os produtos chegaram às mãos dos consumidores, muitos deles notaram uma lacuna importante: a quantidade de tons de pele disponíveis parecia limitada às peles mais claras e médias.

Com o avanço da discussão sobre inclusão e diversidade no setor de beleza, o público esperava ver uma linha que contemplasse pessoas de todas as cores de pele, algo que muitas marcas já vêm priorizando.

Quando essa expectativa não foi correspondida, as redes sociais foram rapidamente tomadas por críticas e desabafos de consumidores que se sentiram excluídos pela falta de variedade na cartela de cores.

A reação nas redes sociais

A hashtag #MariSaadInclusão logo se tornou popular entre os usuários, especialmente entre influenciadores negros e consumidores que buscavam produtos mais inclusivos.

Muitos desses influenciadores destacaram que a diversidade nas cores de maquiagem não é apenas uma questão de estética, mas também uma forma de representatividade.

Nos comentários de postagens oficiais da marca, mensagens como “Onde estão os tons para pele negra?” e “Esperávamos mais diversidade!” foram recorrentes.

Para muitos desses consumidores, a frustração foi agravada pela tendência global de inclusão no setor de beleza, que tem sido liderada por marcas como Fenty Beauty, de Rihanna, conhecida por lançar uma linha de bases com mais de 40 tons desde o início.

Com isso, a expectativa para que uma marca nacional, comandada por uma influenciadora famosa, oferecesse diversidade foi ainda maior.

Influenciadores reagem e pedem mais inclusão

Vários influenciadores de beleza também se manifestaram sobre o tema, usando suas redes sociais para expressar descontentamento e pedir que Mari Saad e outras marcas brasileiras façam lançamentos mais inclusivos.

Para esses profissionais, a falta de tonalidades que atendam pessoas negras e pardas é um reflexo de como muitas marcas ainda falham em reconhecer a diversidade de seus públicos.

@iamirellaa Contorno da mascavo em pele negra 🤔 quero saber o que vocês acharam! #mascavo #marisaad #pelenegra #iamirella ♬ som original – Mirella Qualha

Algumas influenciadoras chegaram a relatar que, ao testarem os produtos, não encontraram opções que se adequassem aos seus tons de pele, gerando sentimentos de exclusão.

Isso reforça um problema antigo na indústria da beleza, onde consumidores de pele negra frequentemente relatam dificuldades para encontrar produtos que atendam suas necessidades.

O posicionamento de Mari Saad

Após a grande repercussão negativa, Mari Saad e sua equipe se pronunciaram publicamente. Em uma postagem no Instagram, a influenciadora explicou que o lançamento é apenas um “primeiro passo” e que a marca está comprometida em ampliar a linha com mais tonalidades de bases e corretivos.

Segundo ela, limitações na produção inicial foram um fator determinante para o lançamento reduzido de cores, mas a equipe já estaria trabalhando para oferecer uma gama mais ampla em breve.

Entretanto, a resposta dividiu opiniões. Enquanto alguns seguidores aceitaram a explicação e demonstraram apoio à influenciadora, muitos outros questionaram por que essa inclusão de cores não foi planejada desde o início.

Afinal, o mercado de cosméticos, especialmente no Brasil, já enfrenta a demanda por produtos mais inclusivos há anos, e essa expectativa é cada vez mais evidente.

Por que a inclusão é tão importante no mercado de beleza?

A polêmica envolvendo Mari Saad traz à tona uma questão central para a indústria de cosméticos: a inclusão.

Em um mundo onde o acesso à informação e a representatividade são valores amplamente discutidos, consumidores estão cada vez mais exigentes em relação aos produtos que compram.

A maquiagem, além de uma ferramenta de beleza, é também um símbolo de expressão pessoal, e quando uma marca oferece uma gama restrita de cores, está, em essência, ignorando a diversidade de seus próprios consumidores.

Marcas internacionais, como a Fenty Beauty, elevaram o padrão de representatividade ao oferecer uma gama inicial de mais de 40 tonalidades, cobrindo uma variedade imensa de tons de pele.

Esse posicionamento mostrou que não só é possível, como também necessário, criar produtos que atendam às demandas de todos os públicos, o que acabou pressionando outras marcas a seguirem o mesmo caminho.

Qual a situação do mercado de maquiagem inclusiva no Brasil?

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O Brasil é um dos maiores mercados de beleza do mundo e também um dos países com maior diversidade racial.

No entanto, muitas marcas ainda pecam ao oferecer linhas de maquiagem pouco abrangentes, mesmo sabendo da importância da representatividade.

Nos últimos anos, algumas empresas brasileiras começaram a investir em linhas mais inclusivas, trazendo mais opções de cores de base e corretivo, mas esse avanço ainda é gradual.

A expectativa do público é que, em um país com tantas pessoas de diferentes tons de pele, todas as marcas de cosméticos estejam atentas a essa necessidade.

Como Mari Saad pode contornar a situação?

Agora, a marca de Mari Saad enfrenta o desafio de reconquistar a confiança do público e mostrar que está comprometida em atender a diversidade.

A influenciadora afirmou que está ouvindo o feedback dos consumidores e que a marca pretende corrigir essa falha com a expansão de tons em breve.

Para evitar futuros problemas, seria interessante que a equipe da marca considerasse a inclusão como uma prioridade em todos os seus lançamentos, estabelecendo a representatividade como um dos pilares do negócio.

A decisão de trabalhar lado a lado com consultores de diversidade, além de influenciadores de diferentes tons de pele, também pode ajudar a marca a desenvolver produtos que realmente atendam a todos.

A lição que fica para a indústria

A situação de Mari Saad serve como um alerta para outras marcas de cosméticos. A demanda por inclusão e diversidade não é passageira, mas sim um movimento que reflete uma sociedade que está cada vez mais atenta aos valores de igualdade e representatividade.

Consumidores estão dispostos a investir em marcas que se preocupam em atender a todos, mas também estão prontos para cobrar melhorias quando essa expectativa não é cumprida.

Conclusão

A polêmica em torno da linha de maquiagem de Mari Saad nos lembra da importância da inclusão no mercado de beleza.

Em uma época em que o acesso à informação permite que os consumidores questionem marcas e influenciadores, a necessidade de produtos que atendam à diversidade é uma demanda que veio para ficar.

Se Mari Saad e sua equipe desejam permanecer relevantes e manter o apoio de seus consumidores, a inclusão precisa ser levada a sério e implementada desde o início em cada lançamento.

A lição é clara: para conquistar a confiança do público, é fundamental representar e valorizar a diversidade.

Referência

  1. The New York Times: “How Fenty Beauty Changed the Beauty Industry”
  2. Allure Magazine: “Why Inclusivity in Beauty Matters More Than Ever”
  3. Forbes: “Diversity And Inclusion In Beauty: Lessons For Brands”

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